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Carros elétricos populares? Veja os novos modelos com preço reduzido

Popularização da mobilidade elétrica acelera com lançamentos acessíveis e incentivos fiscais

Natasha Werneck
28/05/2025 | 16:49
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FOTO: Unsplash


Por muito tempo, falar em carro elétrico no Brasil era quase como falar em carro voador: parecia distante, caro e exclusivo. Mas esse cenário está mudando — e rápido. O que antes era um símbolo de luxo e tecnologia para poucos agora começa a ganhar as ruas em versões cada vez mais acessíveis. A popularização já é uma realidade em países como China, Noruega e Reino Unido — e, aos poucos, também se desenha por aqui.

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Modelos mais compactos, com menos firulas tecnológicas, mas prontos para enfrentar o trânsito urbano, estão chegando com preços que, embora ainda altos, começam a competir com SUVs e sedãs tradicionais. E com uma vantagem difícil de ignorar: abastecer na tomada custa até 80% menos do que no posto.

Elétricos deixaram de ser futuro — e viraram escolha viável

Montadoras chinesas, como a BYD, e tradicionais, como Renault e Chevrolet, têm puxado essa virada de chave. Seus lançamentos mais recentes focam em carros urbanos com autonomia média e preços abaixo da faixa dos R$ 150 mil — valor que, embora não seja exatamente barato, se aproxima do que muitos brasileiros já pagam por carros a combustão 0 km.

A conta que muita gente começa a fazer é simples: menos gasto com gasolina, menos visitas à oficina, mais incentivos fiscais — em alguns estados, inclusive, com isenção de IPVA e rodízio. Isso sem contar o fator ambiental, que pesa para um público cada vez mais jovem e preocupado com o futuro do planeta.

Entre os modelos que já figuram entre os elétricos mais acessíveis, estão:

- Renault Kwid E-Tech: o “subcompacto elétrico” da Renault chegou ao Brasil com preço inicial abaixo de R$ 150 mil. Autonomia urbana, tamanho compacto e visual renovado são os trunfos.

- BYD Dolphin: sucesso da montadora chinesa, o hatch já é um dos mais vendidos do país no segmento, com autonomia superior a 250 km e preço competitivo.

- JAC E-JS1: outro chinês que caiu no gosto dos brasileiros, o modelo promete praticidade para o dia a dia e está entre os mais baratos da categoria.

- Chevrolet Bolt EUV: embora posicionado num patamar um pouco mais alto, o SUV compacto se destaca pela tecnologia embarcada e pela robustez.

E tem mais vindo por aí: Volkswagen, Fiat e GWM (Great Wall Motors) já confirmaram lançamentos de compactos elétricos com preços mais “pé no chão” para o segundo semestre de 2025.

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Ainda vale a pena esperar?

Para quem está de olho em um carro novo, os elétricos começam a se tornar uma opção real, não só uma tendência de feira automotiva. A expectativa do setor é que os preços continuem caindo, especialmente com a entrada de mais concorrentes e com a possível criação de políticas públicas voltadas à produção nacional de carros elétricos populares.

Em paralelo, empresas de energia e shoppings estão acelerando a instalação de pontos de recarga — o que reduz a velha ansiedade de “ficar na mão” no meio do caminho. Hoje, já é possível viajar de São Paulo ao litoral ou ao interior com rotas cobertas por eletropostos, algo impensável há três anos.

Não é só status. É economia

Se antes um carro elétrico era símbolo de status, agora ele começa a ser visto como instrumento de economia doméstica. Um motorista que roda cerca de 1.500 km por mês pode economizar mais de R$ 500 só com abastecimento, dependendo da tarifa de energia local.

Claro, ainda há desafios: o preço de entrada precisa cair mais para competir com modelos populares abaixo de R$ 100 mil, e a rede de recarga ainda está longe de ser ideal fora dos grandes centros. Mas, em termos práticos, a virada já começou.




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