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Chega ao Grande ABC o sucesso de colorir dos Bobbie Goods

Febre nascida nos Estados Unidos tem afastado as crianças das telas de celular

Lays Bento
25/05/2025 | 09:29
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FOTO: Denis Maciel/DGABC


Com animais e paisagens em rabiscos fofos, os livros de colorir Bobbie Goods têm conquistado a atenção da criançada no Grande ABC! Como um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nos últimos meses, o item se tornou também o mais vendido no site da Amazon na última semana e movimentou pelo menos dois eventos lotados, em Santo André e em São Bernardo. 

O que nem todo mundo sabe é que a natureza – que marca a simplicidade dos cadernos mais famosos do momento – e até o nome Bobbie nasceram nos Estados Unidos. Isso porque o clima de praia motivou a criação do estilo pela ilustradora Abbie ‘Bobbie’ Goveia, na Califórnia.

A paixão mundial pelo desenho cresceu tanto que, para dar conta, o 1º Encontro de Bobbie Goods do Grande ABC encheu a praça de alimentação no Shopping Atrium de Santo André, com mais de 600 pessoas e 1.000 impressões do desenho distribuídas. No dia 17, o sucesso também foi repetido no Outlet Premium Imigrantes, em São Bernardo.

Quem aproveitou a estreia dos eventos e defende a moda dos Bobbie Goods é Fernanda Monice Bittencourt, andreense de 7 anos. “Tem gente que se acalma com isso. Para mim, é muito divertido”, afirma, acompanhada do amigo de escola Isack Souza, 7. 

A dupla fez questão de insistir com a família, por pelo menos uma semana, para se encontrar na reunião, que passou a ser o principal compromisso debatido entre os alunos. Segundo a mãe de Isack, Vanessa Souza, na escola dos pequenos teve até reunião de pais no começo da febre dos Bobbie Goods. “Se tornou uma disputa nos recreios, mas depois todos eles passaram a ter e compartilhar”, conta ela, acompanhada pela avó do garoto, Dirce Souza, 73, responsável por presenteá-lo com seu primeiro livro de 200 páginas – claro, colorido na velocidade da luz: em menos de um mês.

Segundo a sociológa Silvia Muiramomi, a avó da Fernanda, o passatempo provou que o melhor da infância ainda está em brincadeiras simples e no poder das amizades. “A gente cansou de ver em shoppings famílias inteiras com a tela no celular. Então é lindo ver tantos se reunindo e fazendo novas conexões para pintura”, celebra. 

As irmãs gêmeas Sofia e Alice Uzesncki, 8 anos, de Santo André, conheceram e se tornaram amigas de Lauren Grazieli, 5, juntando as canetinhas no encontro. Todas conheceram a tendência de colorir por sugestões de vídeos no YouTube. 

A diversão agora se tornou achar formas de inovar para dar cor às páginas. “Gosto de usar tanto lápis como canetinha para ficar em camada”, sugere Alice. Lauren concorda que a técnica torna a tarefa mais fácil e ajuda a não manchar as páginas de baixo. Já entre as dicas de Sofia, “usar o lápis branco para contornar pode ajudar a criar uma impressão de que os animais estão voando”.

DIVERSÃO X CUSTO

Em sua versão original, os livros mais populares do Bobbie Goods, Do dia para a noite e Dias quentes, podem ser encontrados por cerca de R$ 30 (com 20 páginas). Além deles, o mundo de opções de canetinhas e lápis pode tornar o passatempo mais caro – sendo vendidos kits na internet ao preço de até R$ 360.

A minifã da coleção Ana Buson, 7 anos, de Santo André, entretanto, destaca que colorir tem que ser para todos. “Nem toda criança tem dinheiro. Pode dar para perceber a diferença do que não é da marca mesmo no tamanho do desenho. Mas é divertido do mesmo jeito, eu gosto dos dois e acho que todo mundo tinha que tentar também”, finaliza. 




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