Os integrantes da banda Ultraje a Rigor, Roger Machado Moreira e Marcos Fernando Mori Kleine, perderam, mais uma vez, em segunda instância, o processo que moviam contra o chargista Gilmar Machado Barbosa, de Santo André, que publica algumas de suas charges no Diário. Os músicos iniciaram uma ação de R$ 15 mil por danos morais contra Gilmar no dia 15 de junho de 2024 por causa de algumas charges publicadas pelo artista em suas redes sociais - X, Instagram e Facebook - com críticas a menções preconceituosas dos músicos. 

O resultado da primeira instância, em outubro de 2024, também havia sido favorável ao chargista. Porém, Roger Moreira e Marcos Kleine ainda podem recorrer. Gilmar considera a decisão uma vitória da democracia. “Foi uma maneira de tentar calar e intimidar, como se eu estivesse cometendo um crime. É um assédio jurídico esse tipo de prática. Fiquei feliz com o resultado porque ele ressalta e endossa nosso trabalho como cartunista crítico. E é um exemplo que pode ser usado para outros cartunistas.”

A decisão, comunicada na segunda-feira (26), acordada em sessão virtual na 6ª Câmara de Direito Privado do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), considerou que o chargista, em sua liberdade de expressão, estava apenas agindo em resposta a um fato iniciado pelos músicos do Ultraje a Rigor.