Estudantes da Escola Estadual Zaíra VIII, no Jardim Zaíra, em Mauá, começaram nessa terça-feira (27) a participar de uma iniciativa inédita de prevenção a desastres. A ação faz parte do projeto Cidades Sem Risco, do programa federal Periferia Viva, e tem como objetivo preparar jovens para lidar com situações de emergência, como enchentes e deslizamentos — comuns na região.

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A atividade inicial envolveu um jogo de tabuleiro gigante, com foco em cidades brasileiras vulneráveis a desastres climáticos. Criado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o jogo desafia os participantes a tomar decisões seguras em situações de risco. Ao avançar ou recuar nas casas, os alunos aprendem como agir em cenários reais, como evacuação de áreas afetadas e apoio à comunidade.

“É um jeito mais divertido de aprender e entender o que fazer quando algo assim acontece”, comentou a estudante Mirella Eloiza. O colega Kelvin Rodrigues completou: “Com esse conhecimento, a gente pode até salvar vidas.”

Mauá é uma das cidades priorizadas pelo programa federal por apresentar áreas de alta vulnerabilidade. O projeto é fruto de uma parceria entre a Prefeitura, o Governo Federal e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Além da educação nas escolas, também estão previstas obras estruturais nas regiões mais afetadas do bairro Zaíra.

O investimento total no projeto é de R$ 159,7 milhões, que serão usados em contenção de encostas, habitação, regularização fundiária e melhorias urbanas. Parte dessas ações será acompanhada de perto pela nova Unidade Executora Local (UEL), com sede no Posto Territorial Zaíra. O espaço reúne diferentes secretarias municipais e terá contato direto com a população.

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“Nosso compromisso é proteger vidas. Prevenção é prioridade, seja com obras ou com educação”, afirmou o prefeito Marcelo Oliveira (PT).

Com o Novo PAC Periferia Viva Zaíra, mais de 2.800 famílias devem ser beneficiadas diretamente — incluindo cerca de 340 que terão novas moradias construídas pela Prefeitura. Além das intervenções físicas, a ideia é transformar escolas em núcleos de conhecimento e resiliência para toda a comunidade.