Programa já capacitou 53 mil brasileiros e pretende dobrar número de equipamentos em 2025
O Governo Federal alcançou, em maio, a marca de 60 mil computadores doados a projetos de inclusão digital em todo o Brasil. A iniciativa é conduzida pelo Ministério das Comunicações por meio do Programa Computadores para Inclusão e tem como foco democratizar o acesso à tecnologia e à capacitação profissional. Desde 2010, é a maior quantidade de equipamentos entregues, sendo 10 mil apenas em 2024. A meta para 2025 é dobrar esse total.
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Segundo o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, o programa atende a uma orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos falando de uma política pública que rompe barreiras geográficas e sociais, com impacto real na vida das pessoas. Vamos seguir ampliando este programa para fazer, cada vez mais, a diferença na vida de brasileiros e brasileiras”, afirmou.
Os equipamentos doados são recondicionados em Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), que integram a lógica da economia circular. Os computadores — antes obsoletos em órgãos públicos — ganham nova vida útil e são destinados a escolas públicas, associações, comunidades indígenas e quilombolas, penitenciárias e regiões remotas. Um diferencial do programa é que os próprios alunos dos cursos de capacitação dos CRCs são responsáveis pela recuperação das máquinas, adquirindo experiência técnica e ampliando o acesso ao mercado de trabalho.
Mais do que equipamentos, o programa tem mudado vidas. A cearense Sarah Farias, de 20 anos, teve seu primeiro contato com a tecnologia em um CRC de Fortaleza (CE). Hoje, está empregada e cursa engenharia com bolsa universitária. “A doação desses computadores e a oferta de capacitação mudaram minha vida”, disse.
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No Piauí, a funcionária de escola pública Lucivânia Silva também celebrou os resultados. Antes, sem saber utilizar o computador, exercia apenas tarefas manuais. Após o curso de informática, aprendeu o básico e passou a colaborar de forma mais ativa. “Só de digitar o ‘L’ de Lucivânia já foi muito interessante”, contou.
Já no Amazonas, a ex-catadora de recicláveis Érica Lima conheceu a tecnologia a partir de um celular encontrado em um lixão. Após participar do programa, está empregada e cursando faculdade de enfermagem em Manacapuru (AM). “Meu sentimento é de gratidão. Foi onde comecei minha trajetória”, disse.
Com foco na inclusão, qualificação e sustentabilidade, o Programa Computadores para Inclusão se consolida como uma das principais iniciativas do governo federal para reduzir desigualdades digitais no país.
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